Tudo o que ela sempre quis de Barbara Freethy

Depois de dias sem produzir uma linha útil, trago resenha nova para vocês o/

Eu tava numa ressaca miserável, sem ânimo para ler nada, mas daí peguei [novamente, diga-se de passagem] Tudo o que ela sempre quis e embarquei na leitura.

Natalie Bishop é uma médica residente, em um de seus plantões na emergência, um senhor prevê que algo de ruim está prestes a acontecer.

Mas ela não imaginava que um autor misterioso decidira escrever um livro com personagens fictícios narrando o momento em que sua melhor amiga morre e acusando-a de tê-la assassinado.

Dez anos atrás, Natalie, Laura, Madison e Emily eram melhores amigas na universidade, até que Emily acidentalmente caiu de uma cobertura e morreu. As amigas se afastaram depois disso e seguiram caminhos diferentes

No livro, as personagens têm nomes diferentes, mas todos que conheciam a história e as meninas reconhecem-nas e começam a acreditar que Natalie matou Emily. Agora ela precisa descobrir quem é esse autor, quem o ajudou a revelar detalhes tão mínimos da história e provar que ela é inocente.

Coincidentemente, Natalie reencontra suas amigas, o irmão de Emily (Cole, uma decepção amorosa) e outros amigos, entre a saudade e a desconfiança, afinal, qual deles empurrou Emily? Quem está mentindo?

Adorei o livro. Tanto que li numa madrugada.

A autora criou uma atmosfera legal de reencontros, desconfiança e coincidências. Ao mesmo tempo que as amigas estavam gostando do fato de se reencontrarem, de mostrarem as suas conquistas na vida, elas ficam inseguras umas quanto às outras. É um paralelo entre falta de confiança e confiança extrema. É tão contraditório que chega a ser real.

Embora ninguém tivesse um motivo para matar Emily ou prejudicar Natalie, todos têm motivos para fazer tais coisas.

Além do suspense, o livro é repleto de romance e sedução. Em alguns momentos eu cheguei a achar um pouquinho deslocado da realidade, mas o jeito que a autora trabalhou a paixão irresistível de Natalie e Cole foi encantadora porque eles forma o típico casal apaixonado, que se feriu no passado e ficou anos separado, mas o amor sobreviveu. O problema é que ambos não querem admitir a vontade de ficar junto, embora isso fique evidente o tempo todo.

Cada personagem tem uma personalidade bem definida e que, mesmo com o tempo, foi mantida assim como os laços que os unem. Aos poucos eles vão sendo inseridos de uma forma ótima na história e percebendo que se conhecem, mas todos têm segredos do passado.

O suspense é simples, mas é bem legal, o argumento realmente convence o leitor. Senti faltinha de uma atitudinha mais sériazinha no desfecho da parte da família de Emily, mas isso também foi completamente compreensível.

Super recomendado!

|| Informações:

Tudo o que ela sempre quis [All she ever wanted]

Barbara Freethy

Editora Novo Conceito

Tradução de Maysa Monção

320 páginas