segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Um irreparável engano, Stacy Absalom [Romance de banca]

Esse livro faz parte da coleção Bianca publicada pela editora Nova Cultural e é um livrinho daqueles famosos romances de banca.

Já faz muito tempo que meu preconceito caiu por terra com essa publicações e agora eu até já faço parte de grupos no facebook que compartilham entre si esses livros.

A minha curiosidade por esse surgiu de uma forma bem interessante pois uma integrante do grupo descreveu o livro e pediu que alguém, por favor, descobrisse o nome... depois de muitos "ac", alguém surgiu com o nome do livro e foi dada a largada para a caça do PDF do livro. Geralmente leio os ebooks no aplicativo Kindle, mas esse era tão curtinho que li no computador mesmo, uma noite deu conta. A leitura aconteceu no dia 30-7.

A história trata de Elizabeth Steele, uma mulher de 28 anos que está convalescendo de um acidente que sofreu enquanto servia à Cruz Vermelha. Para que se recupere melhor, seu médico chefe sugere que ela fique com seus familiares... mas Beth não tem para onde ir, sua mãe a abandonou ainda muito nova e seu padrasto que a amou com tanto carinho a expulsou de casa depois que ela cometeu um erro imenso. Preocupado em ampará-la, ele lhe encontra um emprego bem tranquilo: cuidar de uma senhora que, embora precise de cuidados, é muito independente e o processo funcionará como uma troca de cuidados.

Tudo perfeito para Elizabeth até que ela descobre que essa senhora é tia de Fred, seu amor do passado e, logo no primeiro dia que ele a vê, fica com muito ódio dela e de toda a suposta farsa que ela está fingindo. Furioso, ele coloca-a para trabalhar retirando ervas daninhas do vinhedo do qual é dono. Mas os esforços físicos de Beth fazem com que ela desmaie e ele comece a se dar conta de que talvez ela não esteja fingindo tanto assim...

Achei super fofo e dei aquele 3 que seria um 3,5. É um livro bem curtinho, ou seja, a história se desenvolve bem rápido, mas é ótimo para entreter de uma forma descontraída e esse é um amor antigo que sobreviveu ao tempo e agora precisa sobreviver a uma série de mal entendidos.

Gostei muito dos personagens e do desfecho da história que acabou trazendo grande liberdade para que todos pudessem ser felizes. E o tantinho de mistério que a trama tem só nos faz seguir a leitura com mais avidez.

[Coleção Bianca - nº 375 - Um engano irreparável - Stacy Absalom]

sexta-feira, 7 de agosto de 2015

O príncipe dos canalhas, Loretta Chase

O Príncipe dos canalhas veio como umas das melhores surpresas dentre todas essas leituras românticas que venho fazendo desde o término da leitura de O visconde que me amava.

Sebastian Ballister ou lorde Belzebu ou ainda lorde Dain é, além de feio, um homem com uma personalidade assustadora. Tendo sido abandonado pela mãe aos 8 anos e enviado pelo pai para um colégio interno onde sofreu todo tipo de preconceitos por trazer traços italianos [sim, da parte materna], precisou apelar para diabruras para ser respeitado por seus colegas.

Quando adulto, seu pai morre e ele passa a ser Marquês e ÓBVEEEEEO super avesso a casamento e a damas respeitáveis. Claro que tudo isso cai por terra quando ele conhece Jessica, irmã de um dos mais abestalhados dos seus discípulos.

Jessica é a melhor mocinha que topei por aí, independente, muito a frente do seu tempo, ela está planejando abrir um antiquário e sua estadia em Paris é um plano para tirar seu irmão de perto do lorde Belzebu, uma péssima influência para qualquer pessoa.

Mas, entre tantas intrigas, fofocas, apostas e rumores, eles não imaginavam sentir uma imensa atração e afeição um pelo outro...

O enredo clichê é enriquecido com uma escrita muito bem humorada, várias vezes tive que conter o riso pela madrugada, até porque a escrita ágil não me permitiu largar o livro, diálogos interessantes de um casal inteligente e em sintonia e personagens bem definidos que tiveram um envolvimento real e convincente. Jessica é uma mocinha muito inteligente e também Dain o é, mas a personalidade dele é entremeada por oscilações de humor e ataques de histéria - que são devidamente explicados ao longo da trama e cuidadosamente cuidados pela sua querida perspicaz, manipuladora e amorosa.

O que difere esses livros de romance entre si é a capacidade de cada autora de contar uma boa história e de dar bons atributos a seus personagens e nos convencer de tudo que está sendo proposto. Alguns casais simplesmente não têm química e alguns saem à perfeição, esse é um desses casos de perfeição.

O ritmo da leitura fluiu constantemente e, embora no começo eu estivesse ressabiada e lendo lentamente, logo me vi completamente envolvida e também apaixonada pelo lorde Belzebu e eu não conseguia imaginá-lo feio nem um minutinho, embora nós saibamos que pessoas traços e mestiçagem italianas sofriam um certo preconceito na Inglaterra.

Adorei a leitura! Merece o RITA que ganhou e, se não fosse o surgimento de um bastardo, eu confesso que teria dado nota 5.

quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Um perfeito cavalheiro, Julia Quinn

Mais uma resenha da série Os Bridgertons da autora Julia Quinn que vem sendo publicada aqui no Brasil pela editora Arqueiro e hoje vamos falar do livro nº 3: Um perfeito cavalheiro que narra a história de Benedict, o segundo filho da grande família!

Esse livro é uma releitura do clássico Cinderela... Sophie, destratada pela madrasta após a morte do pai (pois madrasta não é mãe!) leva uma vida de criada desde pequena. Aos 18 anos de idade surge a oportunidade de ir a um único baile da alta sociedade e, apoiada pelos criados que lhe têm afeição, ela vai ao baile anual de máscaras dos Bridgertons - o evento em Londres. Nesta noite, tem o prazer de conhecer Benedict, mas chegada à meia-noite ela precisa fugir de volta para casa sem que ele possa identificá-la para encontrá-la posteriormente.

Pouco depois, ocorre de sua madrasta expulsá-la de casa. Vivendo como criada, passam-se 3 anos até que ela reencontre Benedict, mas ele não a reconhece de cara, embora se sinta extremamente atraído por uma... criada! Para ficar com Sophie, ambos precisam enfrentar seus preconceitos e os preconceitos da sociedade.

O fim vocês e eu já sabíamos antes mesmo de lermos a história e devo dizer que essa foi uma das que menos me encantou. Benedict até então tinha sido um dos irmãos menos explorados nos dois livros anteriores e nesse eu não tinha nenhuma afeição por ele. Quanto aos sofrimentos de Sophie... foram tantos! Ultimamente ando meio incomodada com esses protagonistas sofrendo tanto hehe e eu sei que uma forma de fugir disso seria dar um tempo nesses romances, sempre alguém tem um trauma, mas não consigo evtar.

Quando Benedict sugere que Sophie se torne sua amante, senti uma extrema raiva de toda a situação e, enfim, repito que foi o livro que menos me agradou. Primeiro porque ele tinha razão em pedir o que pediu e segundo porque ela tinha razão em se recusar a aceitar o pedido e terceiro que eu não conseguia ver um paliativo. Aí fiquei pensando que, de perfeito cavalheiro, Benedict Bridgerton não tinha nada!

A saída de Julia Quinn foi muito boa... mas também muito espalhafatosa e, embora eu tenha começado o livro sem ter me afeiçoado a Benedict, estava convicta que eu seria um par muito melhor para ele! e teria causado menos confusões, me incomodou um pouco o exagero dos acontecimentos do final. Eu queria que a autora tivesse apostado menos, mais baixo.

MAS é uma série que recomendo com louvor por ser prazerosa e rápida de ler. Quem ama romances, pode investir!

segunda-feira, 3 de agosto de 2015

Não tenho opinião sobre O velho e o mar

Exato, o título do post expressa tudo que senti ao término da obra. Talvez agora, após ter conversado com outras pessoas que leram, eu já consiga me sentir melhor sobre o livro, mas, quando eu terminei de ler a última palavra, fiquei tipo desorientada de sensações. Era só aquilo?

"Só aquilo" parece crueldade ou pobreza minha para falar de um livro tão importante, mas me permitam essa honestidade. Havia recebido indicações de pessoas que confio a respeito da leitura, mas durante e ao término dela fiquei com uma imensa sensação de frustração.

Nem a crueza nem as metáforas, pois sou acostumada com ambas as características em diversos livros, mas, para mim, Hemingway foi um tanto cru de forma que demorei demais a entender o que podia ou não ser metafórico por ali e fiquei assim sem opinião.

Há sim, não nego, uma beleza na história do pescador Santiago, considerado pescador sem sorte (e gente do mar é gente supersticiosa, vocês sabem), que após meses, dia após dia, sem conseguir peixe, se mete mais uma vez ao mar a fim de pescar algum graúdo e, ao fisgá-lo e ser fisgado por ele, persegue-o e é levado por ele. Santiago insiste no peixe durante dias até que consegue prendê-lo ao barco, o peixe é maior que qualquer outro que tenha visto na vida... mas ele é pescador sem sorte.

Sem sorte, mas cheio de perseverança, essa foi a única coisa que consegui extrair de cara de O velho e o mar, estamos diante de alguém que não se deixa levar simplesmente. E, quando deixa, não é por se entregar, mas por ir atrás do que almeja.

Olhando assim, até parece que encontrei algo mais profundo na obra, mas estou sendo honesta quando digo que não, essa foi uma leitura completamente despropositada para mim nesse momento.

Fiquei me sentindo extremamente pobre e insensível com a obra. Alguém além de mim se sentiu assim apática?