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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Giane de Guilherme Fiuza

Enquanto eu lia a biografia de Reynaldo Gianecchini antes de começar a aula de comunicação, todos os meus colegas pediram permissão para dar uma paquerada na capa linda desse livro... E eu me senti uma verdadeira noveleira. Mas quero que saibam que foi o autor que me impulsionou a ler a biografia de Giane e o Guilherme Fiuza é muito bom no que faz.

Antes de qualquer coisa, quero agradecer a Isabella que me enviou o livro e parabenizar a editora Sextante (nesse caso, o selo Primeira Pessoa) pelo excelente trabalho nesse livro.



Talvez o ator não tenha feito nada de excepcional e sua história pareça um pouco clichê: menino do interior tem sonho de crescer na vida, vai para capital estudar Direito e engata na carreira de modelo; viaja ao exterior e não deseja voltar mais ao país de origem, encontra o grande amor, uma jornalista famosa; ganha uma chance como ator no seu país e é bombardeado pela crítica; supera as dificuldades e se dedica a ser cada vez melhor; atravessa diversas polêmicas; se separa; cai na gandaia; vê sua popularidade na baixa; vê seu patrimônio na baixa; descobre que tem um câncer raro do tipo mais raro... morre, renasce.

Mas é verdade que a vida de cada pessoa daria uma novela, ou um livro.

domingo, 8 de julho de 2012

O homem que venceu Auschwitz || + 4ª Promoção

Já faz um bom tempo que tenho interesse em ler O homem que venceu Auschwitz, primeiro porque gosto de história, segundo porque aprecio livros que têm como cenário a II GM, e terceiro porque gosto de biografias.
Imagina juntar estes três ingredientes em um livro só?!

Quando o inglês Denis Avey decidiu se alistar para combater na segunda grande guerra pelo exército Aliado, ele estava em busca de aventuras, mas não imaginava que passaria frio e fome no deserto, que veria a vida humana ser reduzia a nada ou que seria mantido como prisioneiro de guerra no campo de Auschwitz.
Narrado em primeira pessoa, de forma clara e sucinta, O homem que venceu Auschwitz nos mostra que as "aventuras" que Denis viveu não eram exatamente as que ele esperava.

Rob Broomby [o outro autor do livro] era um jornalista da BBC que vinha investigando sobre a história dos prisioneiros britânicos mantidos presos perto de Auschwitz e decidiu gravar uma entrevista com Denis, 64 anos após o acontecimento.
Denis nos fala [tive a impressão o tempo inteiro que ele estava sentado na minha frente, falando diretamente para mim] sobre cada uma das coisas que presenciou e sobre o trauma que o envolveu nos anos 'pós-guerra', quando o assunto não era abordado de forma alguma.

Quando partiu para a guerra, ele combateu o exército italiano no Deserto Ocidental, onde era mais importante colocar água nos carros do que matar a sede dos soldados, onde a noite ele precisava dormir embaixo de um carro para manter-se aquecido e protegido e onde viu colegas seus explodirem. Posteriormente, ele foi capturado e alojado num navio que foi torpedeado; conseguindo escapar, foi novamente aprisionado e mantido num campo italiano para prisioneiros de guerra, depois transferido para a Alemanha e, finalmente, para o E715, onde prestou trabalhos forçados juntos ao escravos judeus de Auschwitz.

O livro conta com mapas de Auschwitz e fotos do arquivo pessoal do autor.

Em Auschwitz, ele trocou de lugar por duas vezes com um judeu, onde presenciou as maiores atrocidades contra a vida humana que marcaram sua memória para sempre.

Em alguns momentos o relato é pesado, como quando ele nos narra o momento que caiu uma granada no colo do seu amigo, Les, e ele simplesmente explodiu em vários pedacinhos ou quando ele fala de um bebê judeu que levou um soco fatal e morreu.

Para os apaixonados pelo tema, é um prato cheio com referências puras.

|| Informações:
O homem que venceu Auschwitz [The man who broke into Auschwitz]
Denis Avey e Rob Broomby
Editora Nova Fronteira
Tradução de Vania Cury
263 páginas

quinta-feira, 8 de março de 2012

Para sempre || Leitura Crítica


Logo que li a sinopse de Para sempre fiquei ansiosa pelo livro e, quando ele chegou, emprestei-o à minha mãe que em três dias leu e emprestou a mais duas pessoas. Todas amaram. Minha mãe chorou com este livro. Como estavam minhas expectativas?

Minhas aulas começaram esta semana e tudo que consigo fazer é dormir, então um livro que eu leria em uma noite, ocupou alguns dias... Mas minha expectativa estava lá em cima!

Kim e Krickitt se conheceram via telemarketing e após um tempo se casaram. Dez semanas após o feliz casamento, eles sofreram um acidente de carro e uma das consequências disso foi uma amnésia em Krickitt. Ela simplesmente esqueceu o marido e tudo que eles viveram juntos.

Não quero falar do que tem escrito no livro. Em se tratando de acidente, ele perde muito. O Kim não fornece muitos detalhes do processo de recuperação da Krickitt e em alguns momentos pareceu que tudo ocorreu rápido demais, se você ler Feliz ano velho, vai ver que o relato deste livro foi fraco para um problema tão grande.
Mas em nível de amor... E se fosse comigo? E se fosse com o amor da minha vida?
O livro me fez refletir sobre estes aspectos. Novamente sobre as promessas que fazemos e as decisões que tomamos.
Eu sou religiosa, acredito na presença de Deus, no poder da fé, no resultado das obras. E acredito no casamento. Não consigo concordar com uma união que começa sob a perspectiva de que "se não der certo, acaba".
Por que minha mãe chorou? Porque o amor (que o Kim sente pela Krickitt) exposto neste livro não é uma troca, é gratuito. Eu acredito neste amor doação, eu acredito no amor incondicional. Por que não? Pareço utópica demais?
Sinceramente, acho que uma pessoa que não acredita no amor é uma pessoa que não ama ou é incapaz de amar.

Eu não chorei com o livro, mas achei sua mensagem muito bonita. E, sim, dois sempre vai ser mais do que um.

Beijocas.

|| Informações:
Para sempre
Kim e Krickitt Carpenter
Editora Novo Conceito
144 páginas
Traduzido por Ivar Panazzolo Júnior

|| Observações:
Logo teremos promoção! Comentem #ficaadica.

domingo, 5 de fevereiro de 2012

Não há silêncio que não termine || Leitura Crítica


Ingrid Betancourt era candidata à presiência da Colômbia quando foi seqüestrada pelas FARC. você já deve ter visto sobre isso na televisão ou internet... No geral, Não há silêncio que não termine aborda sobre os anos que Ingrid esteve como refém na selva colombiana.
Vemos uma mulher subjugada e inferiorizada, sujeita a humilhações, doenças etc. a autora fala abertamente sobre seus anos de cativeiro e os personagens que estiveram presentes ao longo dos oito anos.
Apesar da extensão do livro, a leitura flui rapidamente devido ao desejo de libertar a Ingrid. Em cada tentativa de fuga surge a expectativa , a esperança de obter êxito. A cada captura vem a frustração, o desespero. Não há silêncio que não termine deixa o leitor diante do ser humano em sua forma mais primitiva.

sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Feliz Ano Velho || Leitura Crítica

Aos 20, um rapaz vai dar um mergulho estilo Tio Patinhas sem saber que o lago em questão tinha apenas meio metro de profundidade. Resultado? Quinta cervical quebrada. Tetraplégico.
O que esperar desse livro? Gargalhadas? Sim, com certeza!

A ideia de fazer uma Leitura Crítica sobre Feliz Ano Velho e programá-la para o dia 31 de dezembro partiu do meu irmãozinho Dê e ele somente acertou! Achei que seria um livro meio autoajuda para dar uma sacudida em todos nós e trazer um pensamento mais positivo para 2012. Mas me enganei trezentos e sessenta grausmente!

A única coisa que o autor pretende ensinar com esse livro é o seguinte: você não pode sair mergulhando em qualquer lugar só porque tem água, tem que saber a profundidade antes, ok?

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Olga de Fernando Morais

Mais uma vez fica minha efusiva salva de palmas para o escritor Fernando Morais.
Conheci seu trabalho numa entrevista concedida a Serginho Groisman e fiquei bastante curiosa para ler o livro O Mago (biografia de Paulo Coelho) e, quando surgiu a oportunidade, devorei 600 páginas.
Agora com Olga nas mãos, hesitei um pouco antes de priorizar o livro na fila de leitura, mas após tê-lo feito, não me arrependi!

Por onde começar? Qual a nomenclatura que se dá a quem ama biografias? Sou dessas, risos.
E me pergunto: como podem existir pessoas que não gostam de biografias? Chego a conclusão que é pelo mesmo motivo que eu não gosto de auto ajuda, não leio chick lit e evito YA books: opiniões e preferências diferentes.

Acredito que não seja simples criar uma história com situações, causas e consequências, e admiro muito quem tem tal potencial – ou dom. Mas acredito que seja ainda mais complicado recriar fatos que deveras aconteceram. É isso que Fernando Morais faz e de uma forma fabulosa!

Para fluir com o livro Olga, é bem útil compreender mesmo que basicamente as conseqüências da I Guerra Mundial, quem foi Adolf Hitler, o que foi o Fascismo o Nazismo, os problemas de ser judeu na Alemanha Nazista, quem foram Lênin, Stálin e Marx, o que foi o Comunismo e, no Brasil, o que foi a Coluna Prestes e quem foi Vargas. Então eu fui estudar!

Eu Li: Olga,
Fernando Morais,
Editora Alfa Ômega, 314 págs.
A história começa dando exemplo da coragem – ou loucura, né? – de Olga: ela comandou uma operação que libertou seu camarada comunista e namorado, Otto, durante o julgamento que o condenaria à cadeia. Por causa deste episódio, Olga sai de casa aos 16 anos e ganha o mundo.
Filiada ao Partido Comunista, Olga recebe a missão de vir ao Brasil ao lado de Luís Carlos Prestes - o Cavaleiro da Esperança - para introduzir o Comunismo no país que vivia sob o governo autoritário de Getúlio Vargas. Usando disfarces e documentos falsos, Olga e Prestes visitam alguns países em busca de mais disfarces e documentos falsos, apaixonam-se e chegam ao Brasil casados.
Aqui no Brasil, mais quantias vultosas foram investidas a fim de garantir que haveria a revolução e, no dia marcado, nada dá certo. Aos poucos, membros do PC foram sendo capturados e, sob torturas, falaram mais do que devia, resultado disso: depois de muitas mudanças e muitas buscas Olga e Prestes foram presos, pouco depois Olga descobre que está grávida.
Na cadeia existe um sistema interno super mafioso entre todos os comunistas presos, mas eles não podem impedir quando Vargas decide mandar Olga para as mãos de Hitler na Alemanha. Olga tem seu bebê na prisão e recebe o direito de ficar com amamentando até que seu leite acabasse.
Enquanto isso, a mãe Luís Carlos Prestes, D. Leocádia e corre toda a Europa tentando libertar suas nora e neta, mas o máximo que consegue é comprovar a paternidade de Prestes e, quando Olga tem que entregar a pequena Anita, é a avó que se responsabiliza pela criança.
Depois, Olga é transferida da prisão feminina para um campo de concentração, mas ela não desanima e, apesar das torturas e trabalhos forçados, está sempre pregando o comunismo, ensinando suas companheiras de reclusão.
Olga morre numa câmara de gás.
No Brasil, Prestes é solto por causa da anistia e sobe em palanques declarando seu apoio a Vargas (?) que agora está contra a Alemanha – política, política... Após um discurso, ele recebe um bilhete informando-o que Olga morreu.

Mas o livro é muito mais que isso. É o retrato de uma época, o panorama de várias nações, são ditaduras, é a cegueira, uma política irracional e o silêncio alienado.

O livro não tem todo aquele romantismo do filme e, apesar de se tratar de uma época cujo autoritarismo reinava, não têm muitos trechos narrando torturas. O livro também tem várias fotos de Olga – como a maioria das biografias – e algumas cartas que foram trocadas entre Olga e Prestes enquanto eles estavam presos.
E o que eu achei mais interessante é que o livro não procura dar uma aula de história – o que é de se esperar de enredos ambientados em determinados panoramas históricos -, Fernando Morais só e somente conta sobre a vida de Olga Benario Prestes.