O destino do tigre de Colleen Houck

O destino do tigre é o livro que encerra as aventuras que a jovem Kelsey e os irmãos, Ren e Kishan, enfrentam para livrá-los da maldição que mantém os dois príncipes indianos sob a forma de tigre.

Este texto pode conter segredos de enredo dos livros A maldição do tigre, O resgate do tigre e A viagem do tigre.

Por onde começar? Quem acompanhou minha opinião sobre os outros volumes da série, percebeu que eu adorei o primeiro livro, mas os outros não me agradaram tanto. E confesso que nem sei porque insisti, acho que eu ainda tinha alguma esperança na Colleen Houck.

Após terem quebrado três partes da maldição, Ren, Kishan e Kelsey precisam quebrar a última para que, enfim, os príncipes possam viver como humanos.

Dei nota 2 a esse livro mas ainda não sei se gostei ou não da série em si. A autora Colleen Houck tinha uma ideia muito boa, mas acho que se perdeu em seu excesso de criatividade. O último livro consegue dar uma boa conclusão, sim, à sua criação, ela dá algumas justificativas que são satisfatórias. Mas acho que não foi suficiente para salvar outros erros dela!

Logo no primeiro livro, a autora deixa claro que se inspirou na Stephenie Meyer para escrever sua série e, durante a leitura, ficam evidentes e irritantes as semelhanças. A Bella era uma personagem chata, a Kelsey é completamente insuportável. Ok, é difícil ter perdido os pais, é difícil transitar entre a adolescência e a fase adulta, mas a Kelsey é insegura, tem auto estima baixa, é teimosa, é contraditória, é infantil, e absolutamente todos os personagens masculinos que aparecem na trama se apaixonam por ela. Ela está enfrentando mil problemas e passa a série toda se preocupando se a beleza dela é suficiente para o Ren ou com qual dos irmãos deve ficar.

Não gosto de triângulos amorosos, não são romances sinceros, não tenho paciência para a dúvida chatinha e a Kelsey consegue maximizar seu dilema, esse é bom nisso, aquele é bom naquilo, amo tal, estou apaixonada por tal. Outro ponto que me incomodou foi o excesso de mitos em uma história só, afinal "tudo que começa com muito pode acabar muito pior" (Moska).

Alguns artifícios usados (os que citei acima) parecem ter a finalidade apenas de prolongar a série, de render assunto para preencher mais páginas. Tinha mais esperança na Colleen Houck, mas fiquei muito desapontada. E nem seus príncipes perfeitos conseguiram salvar essa minha sensação de decepção.

O primeiro livro da série (e mais curto) é o melhor e talvez o único realmente bom. Repito aqui que a mitologia utilizada pela autora, sua ideia, a cultura, o cenário, tudo isso é muito envolvente e diferente daquele esquema "anjos/vampiros nos EUA". Mas, para mim, o livro teria ficado bem melhor sem a protagonista, sem os excessos da autora.

Tem uma opinião bem rapidinha lá no tumblr do blog, vocês estão acompanhando? http://amorporclassico.tumblr.com

Beijão!

Todos juntinhos! Olha que lindinhos!