domingo, 25 de setembro de 2011

Guia da Semana || 02

Depois de ter deixado o blog sem atenção e quase sem atualizações por três semanas, estou decidida a me tornar mais responsável! Eu pelo menos devia ter avisado que muitos diversificados e variados [isso é para dar ênfase] fatores me impediram de estar por aqui ultimamente.
Enfim, vamos em frente!
Depois de ter lido O Filósofo e O Imperador, eu li Olga do autor Fernando Morais, que vai ser o tema da semana!
Nem vou falar muito para não ficar sem assunto, mas eu parei para estudar todo o contexto do livro e realmente foi útil para mim, nem falo tanto da biografia, mas o incentivo para estudar agora pertinho do ENEM e com a inscrição da COVEST feita!
Estou lendo Como Treinar seu Dragão da Cressida Cowell *--* e - ainda- O Conde de Monte Cristo de Alexandre Dumas.
Eu vou tentar ficar mais assídua com o blog, mas isso não é uma promessa.

Até mais!

ps.: essa semana tá rolando lá no Centro de Convenções a Bienal do Livro =D
Então talvez tenha novidade por aqui esses dias.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Filósofo e O Imperador de Annabel Lyon

Ainda estou lendo O Conde de Monte Cristo. Ainda tenho que pegar O Auto da Compadecida. Nada saiu como planejei: eis então a vida!

Há alguns meses li a trilogia Aléxandros e fiquei muito triste por causa da morte de Alexandre, acho que fiquei muito envolvida com o personagem. Então surgiu a oportunidade de ler O Filósofo e O Imperador, decidi priorizar o livro, adiantar sua leitura e estou muito satisfeita por isso.
Gosto de romances (prosa). Gosto de biografias.
O Filósofo e O Imperador
Annabel Lyon, Ed Leya,
tradução de Edmundo Barreiros,
248 páginas.
Com a morte do filósofo Platão, seu aluno e discípulo Aristóteles devia assumir seu lugar na Academia, entretanto este plano foi adiado porque Filipe, amigo de Aristóteles e rei da Macedônia lhe pede que eduque seu filho, Alexandre.
O livro conta toda a trajetória de Aristóteles, passando por sua infância, a difícil relação com o pai, seu auto isolamento do universo, o casamento com Pítias, a vida em Péla, seus estudos e minúcias sobre a convivência com o esperto e complexo Alexandre, tão bem elaboradas que em alguns momentos você acredita ser tudo verdadeiro.
Annabel Lyon surpreende com sua capacidade de criar situações sob o ponto de vista do próprio Aristóteles sem filosofar a toa, sem chatear com discursos longos e desnecessários. O livro é simples e claro, talvez não agrade muito quem gosta de história e filosofia porque nem tudo é real, mas o jeito que o enredo acontece, faz você desconsiderar a distância entre fatos e narração.
Vale ressaltar que o livro apresenta uma cronologia real e “fatos reais” modificados, ou seja, o livro é ficcional embora seja baseado na vida de uma personalidade autêntica. 

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

E Não Sobrou Nenhum de Agatha Christie

Estava quieta no meu quarto lendo E Não Sobrou Nenhum (O Caso dos Dez Negrinhos) de Agatha Christie e deixei a porta aberta. De repente, Ntt entrou e disse “Tata” e eu dei um grito porque estava muito concentrada e ele me assustou.
O que dizer sobre os mistérios da mente dessa senhora? Bom, se alguém não gosta do jeito dela, é bom nem ler este post porque vou me desfazer em elogios.
Passei o dia todo sem fazer nada apenas lendo, a cada momento eu me sentia mais ansiosa, nervosa e curiosa.
Ainda estou eufórica com a leitura e sei que vou ficar horas ruminando, digerindo.

Eu li: E Não Sobrou Nenhum,
Agatha Christie, Ed. Globo,
Tradução de Renato Marques
400 págs.
Dez pessoas são atraídas (motivos aleatórios e diversos) para uma ilha e reunidas numa casa. Os anfitriões não estão, mas tudo está preparado para recebê-los e após o primeiro jantar, reunidos numa sala, são todos acusados por crimes antigos.
Cada hóspede vai sendo morto sem suspeitas de um culpado. Não há mais ninguém na ilha. Entre eles há um assassino. O medo, o desespero, a desconfiança e o desamparo. Quem será o próximo? Quem será o responsável?
Eu não posso falar muito porque qualquer bobagem pode ser spoiler. Claro que a história é muito surreal, mas é excelente para distrair e trabalhar a atenção – até porque memorizar o nome de dez pessoas, suas funções e suas culpas, não é muito simples.
Super recomendo o livro, eu sinceramente gostei.
Usei dois marcadores para o livro: um na página que estava lendo e outro deixei na página do poeminha – risos.

Nem posso também falar muito sobre a autora Agatha Christie, conheço poucas obras e gostei do que li. O texto é corrido; as descrições são breves (apenas o que realmente importa é mencionado), ela não perde tempo com extras desnecessários para a obra; a linguagem e os personagens são refinados e simples; e você fica lá grudado até terminar o livro.
Gosto do suspense dela e do jeito frio de eliminar quantos personagens sente vontade.

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Novidades Aqui #03

Esta semana chegou Exodus de Leon Uris, da editora Best Bolso (um selo da Record).
Eu nem sei muito sobre o livro, comprei só porque vi a promoção na Walmart, o livro tem mais de 800 páginas, a história se passa na II G.M. - paixão pelo tema! - mas acho que é algo mais focado nos judeus.

Não é uma prioridade de leitura, mas é um clássico.

Continuo lendo O Conde de Monte Cristo e comecei a ler algo sobre Monteiro Lobato e E Não Sobrou Nenhum (que não era prioridade, mas está sendo agora).

Acho que nas próximas semanas não vai chegar muita coisa porque eu estou me preparando para a Bienal daqui e preciso me segurar um pouco, tô ga$tando demai$.

Esta semana foi toda furada por causa das provas, mas semana que vem tudo volta ao normal.

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Angústia de Graciliano Ramos

ar, mar, ira, ria, mira, rima, arma, amar: MARINA.
Concluí que toda a história acontece por causa desta senhorita.

Luís da Silva perdeu o pai ainda jovem e desde então precisou cuidar-se sozinho. Aos 35 anos, é funcionário público (escritor num jornal do Estado) e mora num quartinho alugado. Pense nisso tudo da forma mais medíocre.
Comecei o livro sem entender p... nenhuma, mas depois fui me acostumando com a narrativa. Em diversos momentos, lembranças do narrador-personagem misturam-se ao "presente" (e qualquer falta de atenção deixa o leitor voando na conversa).

Durante a história aparecem vários personagens e Luís da Silva (ou Graciliano Ramos) descreve-os com um olhar crítico bastante aguçado. Também senti (não de uma forma central) uma crítica sobre a imprensa e os livros - o artifício de escrever apenas com a finalidade de comercializar. (imagino que o livro só falaria sobre isso se tivesse sido escrito nos dias de hoje...)

Luís da Silva conhece, se acostuma e começa a gostar de Marina.
É bastante delicado julgar o sentimento que o une a ela. Ele a considera uma fútil, mas a quer bem e deseja-a fisicamente - isso nem preciso dizer, porque todo homem deseja qualquer mulher fisicamente e isso não significa sentimento. Suficiente para um casamento, sim. E eles planejam se casar...

Marina é filha de D. Adélia, uma senhora que justifica toda a trivialidade da filha na frase "é a mocidade" e Seu Ramalho, um homem desgastado de trabalhar para sustentar a filha, que se incomoda com muita coisa e até reclama, mas jamais protesta. E sobre Marina, o que posso dizer, é que ela é o contrário da Amélia (risos).

Quando, preparando-se para o casamento, o pobre coitado Luís da Silva gasta até o dinheiro dos outros, Marina troca-o por Julião Tavares, um gordo e rico; Daí começa o estresse de Luís, a obsessão por Marina acentua-se por tê-la perdido e daí as perturbações dele são compartilhadas com a vítima o leitor.

O livro é interessante; a visão crítica de Luís é interessante. Cheguei no final desesperada para terminar porque já estava sufocada. As sensações vão variando de curiosidade ao tédio, passando pela perturbação, confusão e chegando à angústia. Um leitor que não esteja psicologicamente preparado vai ler por ler ou abandoná-lo.
E fica a dica: quando terminar de ler, volta ao começo e vai lendo de novo até chegar naquele momento "aaahhhh, entendi".


[Não achei a capa do livro que li, ele tem 230 páginas, escrito por Graciliano Ramos, Editora Record, 18º edição.]