segunda-feira, 19 de setembro de 2011

O Filósofo e O Imperador de Annabel Lyon

Ainda estou lendo O Conde de Monte Cristo. Ainda tenho que pegar O Auto da Compadecida. Nada saiu como planejei: eis então a vida!

Há alguns meses li a trilogia Aléxandros e fiquei muito triste por causa da morte de Alexandre, acho que fiquei muito envolvida com o personagem. Então surgiu a oportunidade de ler O Filósofo e O Imperador, decidi priorizar o livro, adiantar sua leitura e estou muito satisfeita por isso.
Gosto de romances (prosa). Gosto de biografias.
O Filósofo e O Imperador
Annabel Lyon, Ed Leya,
tradução de Edmundo Barreiros,
248 páginas.
Com a morte do filósofo Platão, seu aluno e discípulo Aristóteles devia assumir seu lugar na Academia, entretanto este plano foi adiado porque Filipe, amigo de Aristóteles e rei da Macedônia lhe pede que eduque seu filho, Alexandre.
O livro conta toda a trajetória de Aristóteles, passando por sua infância, a difícil relação com o pai, seu auto isolamento do universo, o casamento com Pítias, a vida em Péla, seus estudos e minúcias sobre a convivência com o esperto e complexo Alexandre, tão bem elaboradas que em alguns momentos você acredita ser tudo verdadeiro.
Annabel Lyon surpreende com sua capacidade de criar situações sob o ponto de vista do próprio Aristóteles sem filosofar a toa, sem chatear com discursos longos e desnecessários. O livro é simples e claro, talvez não agrade muito quem gosta de história e filosofia porque nem tudo é real, mas o jeito que o enredo acontece, faz você desconsiderar a distância entre fatos e narração.
Vale ressaltar que o livro apresenta uma cronologia real e “fatos reais” modificados, ou seja, o livro é ficcional embora seja baseado na vida de uma personalidade autêntica.