segunda-feira, 27 de julho de 2015

A fantástica fábrica de chocolate, Roald Dahl

Encontrei um ebook de A fantástica fábrica de chocolate enquanto procurava algum livro para minha prima de 9 anos ler e fiquei interessada em eu mesma lê-lo. E até tinha pensado em incluí-lo na Maratona Literária 24 horas, mas não deu tempo. Ok.

Antes de escrever aqui a minha opinião, gostaria de saber se todos vocês já assistiram a alguma das adaptações e preciso logo de cara declarar que ambas seguem bastante fiéis ao enredo do livro, embora existam alguns detalhes que diferem, mas não chegam a desvirtuar a história. Só queria ressaltar que o humor original do Wonka é o do primeiro filme, interpretado por Gene Wilder.


Embora, claro, Johnny Depp não peque nem um pouco na interpretação desse personagem excêntrico e maravilhoso.

A história: Charlie é um menino bem pobre que vive com seus pais e seus quatro avós e sua vida estava indo ruim como sempre quando Willy Wonka, the amazing chocolatier, decide convidar 5 crianças a visitarem sua fábrica, fechada aos humanos há muitos anos por causa da inveja de outros fabricantes de chocolate. A seleção será a sorte: 5 bilhetes dourados foram embrulhados aleatoriamente em barras de chocolate Wonka.

Apesar de toda a expectativa, as chances de Charlie encontrarem o convite dourado são... zero! Aliás, não, pois seu aniversário está chegando e ele sempre ganha de presente 1 barra de chocolate Wonka.

Na fábrica de chocolate, as 5 crianças sorteadas vão conhecer um universo fantástico e maravilhoso!

MAS, vamos falar de Clive Staples Lewis! Sim, o autor de As crônicas de Nárnia quando ele fala sobre literatura infantil e o quanto as crianças querem facilidades e coisas mágicas! A fábrica é esse lugar mágico, cheio de facilidades, coisas fáceis e encantadoras, cômodas, tudo de perfeito ao alcance das mãos. Mas o livro, por si, não é isso.

A maioria das crianças do livro também se encaixam nas características citadas por Lewis. Apenas o protagonista é uma criança bem educada, os outros são crianças completamente irritantes, mimadas e que querem ter tudo na mão com facilidade. Sendo: um menino muito guloso, um menino que assiste TV o tempo todo, uma menina que só faz mastigar chicletes e uma menina muito mimada. Crianças sem limites que não sabem ouvir, obedecer ou respeitar.

Acabamos descobrindo que são crianças completamente impróprias para o real objetivo do Wonka ao convidá-las para conhecer a fábrica.

Mas algumas coisas precisam ser pensadas aqui: a culpa do mau comportamento das crianças, no livro, se restringe à educação oferecida pelos pais em casa, pais muito permissivos, que fazem todos os gostos dos seus filhos acabam construindo crianças monstros.

Charlie, em sua humildade, é a criança mais educada, obediente e respeitosa. No fim, concluímos que existe um universo fantástico e cheio de facilidades, mas que requer um bom comportamento, que coisas boas surgem por conquista e merecimento.

Um excelente livro para refletir junto das crianças sobre o comportamento infantil.

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