quarta-feira, 8 de maio de 2013

Uma questão de confiança de Louise Millar

Não estava esperando muito do livro Uma questão de confiança e fiquei bem surpresa com a trama que a Louise Millar criou.

Callie é divorciada e mora com sua filha, Rae, em um bairro tranquilo, em Londres.  Quando Rae nasceu, com problemas cardíacos, Callie abandonou seu emprego como engenheira de som e começou a se dedicar exclusivamente à cuidar da menina. Quando ela se divorciou de Tom, há dois anos, tornou-se vizinha de Suzy, a única entre todos os vizinhos que a trata sem preconceitos. Elas passam muito tempo juntas e se ajudam com as crianças, Suzy tem três filhos: Henry, Peter e Otto.

Recentemente uma estranha senhora mudou-se para a rua: Debs parece nervosa, estressada e impaciente em tempo integral e, no momento que Callie decide dar as boas vindas, Rae faz uma brincadeira desagradável e as coisas ficam estranhas.

O ex-chefe de Callie decidiu contratá-la novamente e agora Rae vai precisar passar mais tempo na escola.  Mas o tempo de Callie fica muito apertado e ela precisa confiar em alguém para cuidar de Rae por uns instantes enquanto ela vai se atrasar. Entretanto, muitas coisas saem errado...

Sinceramente, a trama não traz ações muito grandes e é simples, no fim das contas. Mas a narrativa da autora é viciante, você fica preso do começo ao fim querendo compreender as ambiguidades daquelas pessoas.

À primeira vista, Suzy parece uma mãe e amiga perfeita, mas logo vamos percebendo que algumas coisas são muito estranhas. Callie é ansiosa, insegura. E Debs não parece ser muito normal, alguns momentos duvidamos da lucidez dela. Mas todos os personagens têm algum segredo, todos eles têm uma segunda face e seguimos na leitura ávidos para compreender qual o lado original de cada pessoa, quem é vítima e quem é culpado nessa história.

Gosto desses livros que não sabemos em quem confiar, não conhecemos de verdade os personagens e vamos captando nuances de suas personalidades nas entrelinhas. O livro possui três linhas de narrativa: uma delas acompanha Debs, outra acompanha Suzy (ambas em terceira pessoa) e mais uma que acompanha Callie, narrada em primeira pessoa.

Achei o desfecho satisfatório e bem cabível diante das circunstâncias propostas. Para quem gosta de suspenses que envolvem grandes segredos, mas sem cenas fortes, essa é uma boa escolha.

Dei nota 3 com um humor feliz!

4 comentários:

  1. Eu tenho esse livro, mas ainda não o li.
    Lembro que logo que ele foi lançado eu fiquei doida por ele, mas depois acabei deixando de lado pela falta de tempo.

    Tua resenha me reanimou, ele vai ser lido ainda esse semestre hehehe

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  2. Gostei muito de sua resenha eu quero esse livro ^-^ Também fiz um blogger, http://debate-sobre-livros.blogspot.com.br/ é super simples mas o que vale é o conteúdo né ?

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  3. Mi gostei da sua resenha!!!! Gosto dessa capa e se tivesse oportunidade leria sim esse livro, mas no momento nao seria uma prioridade. Bom saber que ele tem uma boa narrativa.

    Saudades de vc queridona!!!! Bjos

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  4. Oi Mi,
    Vim aqui ler a resenha já que esse foi um livro que, apesar do começo lento, acabei curtindo.
    Eu meio que descobri muita coisa antes do final, inclusive matei na mesma hora quem era o tal homem lá quando aconteceu aquela cena que tentou deixar o suspense no ar, mas aquela questão da Deb me surpreendeu muito, eu realmente não a enxergava como vítima e sim como paranoica.
    Enfim, achei bem satisfatório e a autora foi mestra em brincar com os leitores e tentar manipulá-los.
    Beijos!

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Obrigada!