É muito difícil conseguir sintetizar a personagem Lolita em um pequeno texto, por ter sido meu livro favorito de 2013 e por ser tão complexo. Não se pode definir como um livro que narra uma história com pedofilia porque o que Nabokov produziu vai além disso.
Por ser um livro narrado em primeiro pessoa, vemos Lolita através do filtro da paixão de Humbert Humbert e também vemos a história a partir do seu ponto de vista e, claro, ele é a vítima. E, sim, ele conseguiu me convencer.
A sagacidade de Lolita logo a faz perceber a fascinação que exerce sobre o padrasto (que, embora se sinta atraído por ninfetas, só as aprecia à distância). Com a morte da mãe, com quem tinha os conflitos comuns da adolescência, ela se permite muito mais com o padrasto e, só então, ele perde o controle.
O que o narrador-personagem nos transmite é isso: uma menina que, ao sentir o seu potencial e o poder que tinha sobre o padrasto, entra deliberadamente numa disputa e usando dessa "paixão" para conseguir o que ela supõe que quer e, além disso, sentir-se manipulando. Lolita aplica toda a sua astúcia no desejo de sentir-se controlando Humbert e acaba perdendo o próprio jogo e sendo dominada.
Lolita é manipuladora, astuciosa, provocante e até mesmo sedutora. Mas ela está na adolescência, que é a fase difícil de transição em que a menina está saindo da infância e chegando à fase adulta, se descobrindo como mulher, tentando se impor e acaba entrando nesse jogo perigoso.
Mas Lolita é uma ninfeta, termo que ganha vida no texto de Nabokov, são meninas que possuem a graça preternatural, o charme imponderável, volúvel, insidioso e perturbador.
Por ser um livro narrado em primeiro pessoa, vemos Lolita através do filtro da paixão de Humbert Humbert e também vemos a história a partir do seu ponto de vista e, claro, ele é a vítima. E, sim, ele conseguiu me convencer.
A sagacidade de Lolita logo a faz perceber a fascinação que exerce sobre o padrasto (que, embora se sinta atraído por ninfetas, só as aprecia à distância). Com a morte da mãe, com quem tinha os conflitos comuns da adolescência, ela se permite muito mais com o padrasto e, só então, ele perde o controle.
O que o narrador-personagem nos transmite é isso: uma menina que, ao sentir o seu potencial e o poder que tinha sobre o padrasto, entra deliberadamente numa disputa e usando dessa "paixão" para conseguir o que ela supõe que quer e, além disso, sentir-se manipulando. Lolita aplica toda a sua astúcia no desejo de sentir-se controlando Humbert e acaba perdendo o próprio jogo e sendo dominada.
Lolita é manipuladora, astuciosa, provocante e até mesmo sedutora. Mas ela está na adolescência, que é a fase difícil de transição em que a menina está saindo da infância e chegando à fase adulta, se descobrindo como mulher, tentando se impor e acaba entrando nesse jogo perigoso.
Mas Lolita é uma ninfeta, termo que ganha vida no texto de Nabokov, são meninas que possuem a graça preternatural, o charme imponderável, volúvel, insidioso e perturbador.
Eu ganhei Lolita de aniversário e será minha próxima leitura. Ele foi super bem recomendado e quem me deus está querendo que eu leia logo para podermos discutir sobre.
ResponderExcluirLetras & Versos
Amiga ainda não li esse livro, mas amei sua resenha e o perfil que vc fez agora. Parabéns pelo ótimo texto, sei que foi difícil mas vc conseguiu. Bjos
ResponderExcluirLeituras, vida e paixões!!!