Clichês, romances água-com-açúcar e meus preconceitos

Peça ao meu namorado (pessoa que mais convive comigo) uma dica de livro para me dar e ele vai logo dizer "ela não lê muito romance". 

Criei um preconceito imenso com livros de romance e nem sei bem dizer o motivo. Talvez tenha sido uma tia que trabalhava numa locadora e conseguiu me fazer ver diversos filmes daqueles tipo comédia romântica bem clichêzinhos que basta ler a sinopse para você saber o final. Fiquei meio avessa aos romances com enredos pouco elaborados.

E tenho um particular desafeto por Nicholas Sparks (perdoem-me os que gostam, eu o acho repetitivo), mas, definitivamente, eu gosto de romances.

Gosto, sim, dos romances clichês, simples, fáceis, engraçados. Dei boas gargalhadas com Nora Roberts, (por que ninguém nunca tinha sugerido que eu lesse alguma coisa dessa mulher?). Adorei demais. Não conseguia largar o livro, passei o dia todo mergulhada na leitura (apesar dos protestos da minha mãe).

E eles têm um padrão. É quase infalível. O casal improvável. O mocinho perfeito (tornando os homens reais um tanto sem gracinha). As impossibilidades. A relutância (as vezes é tanta que chateia). A atração mútua incontrolável. E o desfecho feliz. Acho que o segredo é na construção dos personagens, na escrita, nos rumos que a trama toma e na forma que o autor conduz sua obra.

Estou deixando de lado esse preconceito, essa implicância com romances e me abrindo mais às possibilidades de leitura. Estou começando a reconhecer que não há nada de errado em um bom clichê e que as vezes é reconfortante encontrar coisas tão simples desse jeito.

Ah, acabei de ler Álbum de casamento, por isso a inspiração.