domingo, 26 de janeiro de 2014

A difícil decisão de abandonar um livro...

E porque eu fiz isso com Noites italianas.

Sim. Fiz. Dito isso, preciso dizer também que me esforcei, há longos dias e semanas estou me esforçando para fluir com a leitura desse livro e não estou conseguindo.



A autora narra suas vivências (e eu não sei até que ponto verdadeiras ou inventadas) de uma forma lenta e dolorosa, definitivamente muito desgastante e completamente diferente do que eu estava pensando. Não é uma leitura para mim.

Não tenho preconceito com biografias (aliás, amo o gênero), mas a Kate não me fisgou e eu não vejo motivos para insistir em algo que, para mim, não funcionou.

Há quem vá amar este livro, admirar a Kate e até mesmo se identificar com sua melancolia mas eu não.


Até a página 143 (onde estou largando-a) a história não teve nada de inovador, apenas uma mulher que é ex-prostituta e ex-drogada (como tantas, ora) falando da sua tentativa de vida nova em Roma, Nápoles etc. Ela conhece vários homens, seduz todos eles e mais: se incomoda que eles se sintam atraídos, mas, mesmo sem vontade, faz sexo com todos.


Como eu já citei acima, a autora não define quanto da história é real ou não. Me incomodou. Me incomodou também que ela tenha narrado em terceira pessoa e enchido o texto com "ela isso, ela aquilo" por não tratar-se pelo nome. Fica cansativo. Ficou chato.

Confesso que, em alguns momentos, consegui sentir o que a autora descrevia, mas, no geral, achei um texto truncado e enfadonho, contado por uma pessoa ainda muito perturbada e desconexa, que não se conhece e nem está tentando se conhecer (como é sugerido). Kate fica imersa em sua melancolia, infantilidade, chatice e tristeza.

E é, para mim, extremamente difícil dizer que não posso dar continuidade a leitura de um livro, sempre acho que a história pode melhorar mais adiante. Mas, neste caso, definitivamente, não posso. Não há por quê.

Já expus para vocês meus motivos que me levaram a deixar essa leitura. Agora incluo aqui algumas observações: o livro possui capítulos longos e, cada capítulo, trata de um amante da personagem. Mesmo que os outros permaneçam, é como um acúmulo de amantes. Amantes que ela não deseja.

Ao fim, a autora não me pareceu uma mulher nem frágil nem forte nem em busca de si, mas uma pessoa que não sabe o que quer e está sendo apenas levada, que usa seu passado como uma barreira de proteção para justificar quem é.

3 comentários:

  1. Oi Millena!
    Eu também senti a mesma que coisa que você em relação a esse livro, também abandonei e nem cheguei a página 143. Muito antes disso a leitura já não estava funcionando para mim, não gosto de fazer isso, mas acho que não vou conseguir concluir essa leitura.

    Beijos,

    Rafa{Fascinada por Histórias}

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  2. Nossa já passei por muitos livros que quis largar, mas é difícil acontecer. Eu acabo pegando de novo e ralando para chegar ao fim. Porque alguns já geraram reviravoltas no meu gosto.

    Mas enfim! Faz parte!

    Beijos
    liliescreve.blogspot.com

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  3. Mi confesso que desde seu lançamento esse livro não chamou minha atenção, nem a história nem essa capa feia. E agora após saber que vc, a rafa e tantas outras que confio na opinião não gostaram nem conseguiram terminar a leitura! tenho certeza que esse livro não é para mim.

    Leituras, vida e paixões!!!

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Obrigada!