quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Simplesmente Ana, de Marina Carvalho

É IMPOSSÍVEL ler a sinopse de Simplesmente Ana sem lembrar imediatamente de O diário da princesa e durante toda a leitura surgem comparações, até da própria personagem (o que ameniza um pouco, você fica pensando "ah, aqui a autora está mostrando que está plenamente consciente que já existe essa premissa por aí").

Ana Carina é uma jovem de 20 anos,que mora com a mãe em Belo Horizonte, cursa Direito na PUC e nunca conheceu o pai. Até que ela recebe uma mensagem no facebook de um homem que, além de dizer que é seu pai, é o Rei da Krósvia, um pequeno país da Europa.


Após a relutante confirmação de sua mãe, seu pai pede que ela passe um período morando com ele na Krosvia, pois pretende assumi-la em público. 

Para viajar, Ana precisa trancar a faculdade, deixar sua família materna tao querida e Artur, um gatinho com quem está ficando, para trás. E assume uma nova vida com luxos, mas cheia de regras, restrições e nenhuma privacidade.



Eu gostei e não gostei ao mesmo tempo, o livro é leve, rápido, a autora escreve bem, mas infelizmente fica o tempo todo aquela comparação inevitável e até mesmo inconsciente. E tem muita coisa que fica difícil de acreditar. Mas procurei ler com a mente aberta, vocês sabem como tento compreender tudo e todos os livros do mundo. Portanto, Vou dividir a minha opinião em dois rumos: o lado bom e o lado ruim.

Sozinho, o livro é bom, rápido, engraçado, traz o universo dos sonhos de toda garota (quem não sonha com um dia de princesa?) mas traz alguns retratos de comportamentos que eu julguei reais.

Algumas coisas soaram muito superficiais: como assim alguém diz no facebook que é seu pai, que é um rei e você, ok, aceita? Aliás, todo o começo da história é pouco crível, como se a autora tivesse pressa em avançar essa parte. Todo mundo aceita a mudança com muita facilidade. Nesse aspecto o mais sensato é o Alex, o enteado do Rei, que logo desconfia da Ana, acha que ela é uma impostora, uma golpista.

Chegando em Krosvia, seu pai lhe da um cartão de crédito e diz para ela ficar a vontade e, embora a Ana não seja vaidosa, não seja descontrolada e não seja fútil, ela cai nas compras. Isso me fez pensar que todo mundo muda com dinheiro e poder nas mãos e essa foi uma coisa bem "real" do livro e me fez pensar que a Ana, enfim, não era perfeitinha.

A história é bem clichê e isso não é novidade, tem até umas cenas que fazem lembrar O diário da Princesa (filme, afinal só li os dois primeiros livros), tipo uns paparazzi fotografarem ela e fazerem especulações ou ela  fazer boa ação com crianças. Até o nome do país eu achei muito parecido.

O lado bom é o romance que vai surgindo aos poucos, bem delineado e com os protagonistas relutando em admitirem que gostam um do outro e que querem ficar juntos, a Ana também amadurece durante o processo, embora eu tenha achado ela muito obsessiva durante o livro e muito infantil para a idade, esperava mais de uma mulher de 20 anos!

Recomendo para quem gosta de finais felizes e histórias simples, sem grandes novidades ou elaborações. Simplesmente Ana é um conto de fadas moderno mas eu diria que é bem infanto juvenil, devia até ter menos páginas.

Beijos!

2 comentários:

  1. Eu estava bem animada para ler esse livro, mas essa é a terceira ou quarta resenha 'negativa' que leio sobre ele. E todas batem nos mesmos pontos: Diário da Princesa, Clichê, Rápido demais e coisas assim..

    Beijos
    www.procurei-em-sonhos.com

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  2. Mi discordo da Cássia sua resenha nãofoi negativa, vc apresentou os pontos positivos e negativos do livro. Isso é bom porque temos uma idéia geral do que encontrar. Já estou com o livro na minha estante e pretendo ler em breve. Não li nenhum da série da Meg mas vi o filme e gostei.

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Obrigada!