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quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Trecho de Livro | Inverno do mundo | #6


-Conseguimos, está provado! A reação em cadeia existe!
-E o mais importante: é possível controlá-la.
[...]
-Meu amigo, acho que esta data ficará marcada como um dia negro na história da humanidade.

Inverno do mundo. Ken Follett. Tradução de Fernanda Abreu. São Paulo: Arqueiro, 2012, p. 635

Trecho de Livro | Inverno do mundo | #5


Depois da batalha de Midway, ficou claro que a guerra no Pacífico seria vencida por aviões transportados em navios. Tanto o Japão quanto os Estados Unidos deram início a programas para construir porta-aviões o mais rápido possível.
Em 1943 e 1944, o Japão fabricou sete imensas e caras embarcações desse tipo.
No mesmo período, os Estados Unidos fabricaram noventa.

Inverno do mundo. Ken Follett. Tradução de Fernanda Abreu. São Paulo: Arqueiro, 2012, p. 569.

Trecho de Livro | Inverno do mundo | #4


Com seu cinismo habitual, o Dr. Weiss disse:
- O Führer fez um discurso muito interessante no Sportspalast. Discorreu sobre a inferioridade bestial dos russos. Acho isso muito reconfortante. Estava com a impressão de que os russos fossem os mais ferozes combatentes que já encontramos. Lutaram por mais tempo e com mais garra do que poloneses, belgas, holandeses, franceses ou britânicos. Eles podem até não ter equipamentos suficientes, estar mal comandados e passando fome, mas correm na direção de nossas metralhadoras empunhando seus fuzis antiquados como se não se importassem em viver ou morrer. Fico feliz que isso nada mais é do que um indício de sua bestialidade. Estava começando a temer que eles talvez fossem corajosos e patriotas.

Inverno do mundo. Ken Follett. Tradução de Fernanda Abreu. São Paulo: Arqueiro, 2012, p. 511.

Trecho de Livro | Inverno do mundo | #3

- E quem mais poderia derrotar os alemães? Os britânicos estão acabados, tentando desesperadamente resistir à Luftwaffe. Os americanos não estão interessados em picuinhas europeias. Todas as outras nações apoiam os fascistas. - Ele pôs as mãos nos ombros de Werner. - O Exército Vermelho é sua única esperança, amigo. Se nós perdermos, os nazistas vão passar mais mil anos sangrentos assassinando crianças deficientes... Sem falar nos judeus, comunistas e homossexuais.

Inverno do mundo. Ken Follett. Tradução de Fernanda Abreu. São Paulo: Arqueiro, 2012, p. 431.

Trecho de Livro | Inverno do mundo | #2

- Hoje de manhã, o embaixador britânico em Berlim entregou ao governo alemão um último aviso informando que, se o governo britânico não fosse comunicado antes das onze horas da manhã que eles estavam dispostos a retirar imediatamente suas tropas da Polônia, um estado de guerra passaria a existir entre nós.
Lloyd se impacientou com aquela verborragia de Chamberlain. Um estado de guerra passaria a existir entre nós: que jeito mais estranho de dizer as coisas. Ande logo com isso, pensou. Vá direto ao ponto. É um assunto de vida ou morte.
A voz de Chamberlain se fez mais grave e mais oficial. Talvez ele não estivesse mais olhando para o microfone, e sim imaginando milhões de conterrâneos seus em casa, sentados junto aos aparelhos de rádio, aguardando suas temidas palavras.
-Devo lhes informar agora que nenhuma mensagem com esse teor foi recebida...
Lloyd ouviu a mãe dizer:
- Ai, Deus nos proteja.
Olhou para ela. O rosto de Ethel estava cinza.
Foi bem devagar que Chamberlain pronunciou as terríveis palavras seguintes:
- ...e, consequentemente, este país está em guerra com a Alemanha.
Ethel começou a chorar.

Inverno do mundo. Ken Follett. Tradução de Fernanda Abreu. São Paulo: Arqueiro, 2012, p.308.

Trecho de Livro | Inverno do mundo | #1

- Você acha que os atinge com piadas?
- Eu zombo deles.
- A zombaria é como você substitui a discussão?
- Acho que as duas coisas são necessárias.
- Mas, Maud, será que você não percebe que está pondo a si mesma e a sua família em risco?
- Muito pelo contrário. O verdadeiro perigo é não zombar dos nazistas. Que vidas nossos filhos teriam de a Alemanha virasse um Estado fascista?

Inverno do mundo. Ken Follett; Tradução de Fernanda Abreu; São Paulo: Arqueiro, 2012, p. 14.

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Inverno do mundo de Ken Follett


Ken Follett dá continuidade à trilogia O século com o livro Inverno do mundo. Partindo exatamente do ponto que parou em Queda de gigantes, o autor segue com uma narrativa impecável e envolvente a trama das cinco famílias de nacionalidades diferentes vivendo momentos marcantes do século XX.
Se no primeiro livro presenciamos a I Guerra Mundial de uma forma espetacularmente real, o segundo não deixa nada a desejar quando nos traz a II Guerra Mundial.

Eu estava muito ansiosa para esse livro, mas preciso dizer que o segundo livro ainda não chega ao mesmo nível de maravilha que o primeiro. A verdade é que no início o autor precisa situar o leitor a respeito das cinco famílias que conhecemos no primeiro livro e isso é um pouco cansativo porque é muito introdutório. Mas logo o livro consegue prender a atenção comprovando sua maestria.

Com certeza Inverno do mundo vai além de qualquer outro livro que aborde a Segunda Guerra Mundial porque Ken Follett não se prende ao esquema Alemanha Nazista/Judeus no campo de concentração, ele mostra causas e consequências da maior guerra da História em cinco nacionalidades distintas, mostrando perspectivas de lados e classes sociais diferentes.