Lola e o garoto da casa ao lado de Stephanie Perkins

Eu sou uma das poucas pessoas por aqui na blogosfera que ainda não leu Anna e o beijo francês e ia esperar lê-lo para só depois ler Lola, mas daí como Lola é um livro fininho, decidi incluí-lo entre minhas leituras de 2012. E foi o último do ano, li em apenas dois dias. É uma leiturinha leve, tem umas pessoas na família que gostaram da autora. E eu achei nem tanto nem tão pouco...

Lola é uma jovem incomum. 17 anos recém completados, mora com dois pais (Nathan e Andy ♥), namora um rapaz mais velho, trabalha no cinema com Anna e não acredita em moda. Lola acredita em traje.

Narrado em primeira pessoa, Lola se apresenta dizendo que tem três grandes desejos: que seus pais aceitem seu namorado, que ela possa ir ao baile de inverno vestida de Maria Antonieta e que ela nunca mais veja os irmãos Bell.

Max, seu namorado, tem 22 anos, é vocalista numa banda de rock, bebe, fuma, tem várias tatuagens, não pretende ir para a universidade. E os pais de Lola, embora não proíbam o relacionamento, não simpatizam com o cara.

Não só no baile de inverno, Lola todos os dias usa trajes diferentes, sempre se caracterizando de acordo com temas. E todas as pessoas a acham bizarra por isso. Eu também achei. Super extravagante, lá na classe do ridículo. Tá?

E, por fim, os gêmeos Bell são ex-vizinhos de Lola. Calliope Cell é uma patinadora artística famosa :) e Cricket (cri cri cri) é um rapaz inteligente que gosta de inventar coisas e ambos são um ano mais velhos que Lola; quando mais novos, Lola era amiga dos gêmeos, depois eles se afastaram e nas idas e vindas, eles cortaram o vínculo e Lola ficou muito magoada com o que aconteceu.

Mas agora os gêmeos voltaram numa maré de reviravoltas na vida de Lola :s

Mais uma vez, meu problema com o livro foi a não simpatia com o personagem principal. Eu não gostei da Lola; eu não achei interessante a forma que ela se veste e isso em muitos momentos me deixaram chateada porque eu ficava me perguntando se não era uma crise de identidade. Eu sou monótona, monocromática e a Lola não é minha amiguinha!

A autora levanta uns temas bem legais para livros com jovens e a narrativa dela é muito boa, leve, doce, você nem percebe e já concluiu o livro. E o romance é tão fofo, não tem como não suspirar com o Cricket embora em alguns momentos eu tenha sentido uma enorme vontade de dar um empurrão nele.

O desenvolvimento do romance é tão gostoso, tão real; os problemas familiares abordados são reais, coisa simples e corriqueira, mas que foi bem trabalhada pela autora, o livro convence e agrada o leitor com facilidade.

Eu gostei do livro sim e teria dado tranquilamente 4 estrelas se a Lola não fosse tão boba com aquela fixação por trajes e se a autora não tivesse colocado de uma forma tão negativa um relacionamento com uma diferença de idades. 

|| Informações úteis:

Lola e o garoto da casa ao lado do original Lola and the boy next door

Escrito por Stephanie Perkins e traduzido por Robson Falchetti Peixoto

Publicado no Brasil pela editora Novo Conceito

288 páginas