quinta-feira, 3 de abril de 2014

Terra sem lei, de John Sandford

Numa maravilhosa pousada para mulheres com atividades envolvendo passeios na natureza, uma riquíssima empresária é assassinada com um tiro na testa enquanto remava num lago... o criminoso conseguiu a proeza de dar um tiro certeiro na mulher a uma imensa distância.

Erica era uma empresárias prestes a assumir a presidência da empresa e, infelizmente, estava conquistando o desafeto de algumas pessoas também por suas aventuras amorosas. Muitas pessoas têm motivo para tê-la assassinado, sua namorada, seus funcionários e até mesmo suas novas amigas. E, principalmente, muitas pessoas têm muito a esconder sobre o que sabem para preservar sua própria imagem. No meio de tantas intrigas, confusões, paixões, traições e mentiras, está o detetive Virgil Flowers tentando solucionar esse crime enquanto o assassino (ou a assassina?) está a solta... 

Mas ninguém comenta com Virgil que outra hóspede da pousada que também havia se aproximado de uma bandinha country da cidade também foi assassinada há quase dois anos... O que a pousada e a banda têm a ver com esses assassinatos? E o que causou a morte de Erica: dinheiro ou sexo?


O mesmo Virgil, que havia conquistado toda minha antipatia em A sombra da lua, me arrebatou completamente em Terra sem lei. O autor se superou na construção desse mistério, nas mentiras e nas verdades, nos joguinhos dos personagens e no desfecho, simplesmente sensacional.

Aliás, o Virgil continua com o mesmo estilo de cabelos longos, botas de caubói e camisas de banda; continua com seu jeito descontraído, bem humorado e as vezes um tanto machista. Esse é o ponto principal dessa série do autor John Sandford: o protagonista não faz jus aos charmosos e sérios detetives comumente encontrados na literatura de suspense, ele é exatamente o oposto de tudo isso. Virgil não aspirava a ser detetive, mas acabou chegando a essa profissão e ele é até bem inteligente, mas comete muitos erros, muitas vezes fala mais do que devia e reconhece isso.

A escrita de John Sandford é ágil, ele não cria subterfúgios ou subtramas para alongar a história, os personagens vão para lá e para cá apenas quando é necessário. E o mistério dessa vez foi muito bem elaborado e muito bem solucionado. Os capítulos são curtinhos e bem entrecortados, deixando o leitor mais instigado e a leitura muito mais fluida porque simplesmente não dá vontade de parar de ler.

Dos três livros até agora publicados (e que podem ser tranquilamente lidos fora de ordem), o primeiro foi o mais lento e esse foi o mais ágil, então acho que a série vai evoluindo. Terra sem lei traz a união de um bom escritor, um bom mistério e um bom personagem.

Os outros livros: A sombra da luaNoite de tempestade.

2 comentários:

  1. Mi não sabia que a escrita desse autor era tão boa. Ótimo saber que os livros podem ser lidos separadamente e se for ler seguido saber que eles vão progredindo. Amei os pontos que vc destacou. Valeu pela dica e parabéns pela leitura e resenha. Bjos querida!!!

    Leituras, vida e paixões!!!

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  2. Eu curti o Virgil desde o segundo (não li o primeiro). Gosto quando os autores saem um pouco daquele estereótipo e criam personagens diferentes do esperado. Também curti o enredo, esses capítulos curtos pegam a gente de jeito!
    Beijos, Mi!

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Obrigada!