Branca de Neve e o
caçador é um livro que vai na contramão do usual por ser baseado no filme
homônimo. Sinceramente, eu não sei lidar com livros que despertam o interesse e
as expectativas do grande público e durante a leitura fui percebendo que virava
as páginas mais por curiosidade do que por envolvimento.
Há dez anos, Ravenna
se aproximou do viúvo e solitário Rei Magnus e matou-o momentos após o
casamento, aprisionou sua pequena filha de 7 anos e usurpou o trono.
Quando criança, a
mãe de Ravenna usou magia para mantê-la a moça mais bonita de todas, ela só
precisaria sugar a beleza de outras moças, mas um dia ela descobre que seus
poderes estão diminuindo porque agora Branca de Neve é a mais bonita e que
alcançará a vida eterna quando possuir seu coração.
Extraordinariamente,
Branca de Neve consegue fugir e mete-se na Floresta Sombria. A Rainha Ravenna
contrata Eric, um viúvo beberrão para caçá-la.
O livro é
interessantinho, mas merecia bem menos estardalhaço.
Primeiro por ter
sido baseado no filme (e de forma tão idêntica) achei alguns momentos corridos
e superficiais.
Em um filme, não
precisamos de um narrador porque contamos com o elemento visual para
compreender aspectos como ambiente, tempo etc. Entretanto, em um livro que se
propõe a narrar algo, o autor precisa gastar algumas palavras para que o leitor
seja inserido no contexto da história (com ressalvas) e, para mim, foi aí que
Lily Blake pecou um pouquinho. Algumas coisas ela apenas mencionou por alto e
foi avançando.
Em muitos momentos,
era apenas o conto infantil sendo retratado numa linguagem mais teen, poucas coisas do original foram
alteradas, vamos ser sinceros, ok? Eu tinha chegado à metade do livro com pouca
empolgação, mas as aventuras de Branca na Floresta me animaram até o final e
não consegui ver a Kristen como a corajosa princesa de 17 anos.
Ainda vou
experimentar a ideia de Branca de Neve e o caçador como roteiro para filme, mas
devo confessar que como livro não funcionou muito bem por ter ficado
superficial. Senti falta das descrições do cenário, das pessoas, alguns
diálogos precisavam ser mais trabalhados, alguns personagens mais explorados, o
final por exemplo foi muito corrido.
O que ainda salvou o
livro aos meus olhos foi a autora não ter seguido adiante com um triângulo
amoroso.
O livro podia ser
fantástico, mas foi apenas fantasioso.
|| Informações:
Branca de Neve e o caçador
Um romance de Lily
Blake baseado no filme homônimo. Roteiro de John Lee Hancock , Hossein Amini e
Evan Daugherty. História de Evan Daugherty.
Editora Novo
Conceito [via parceria]
Tradução de Ronaldo
Luís da Silva
208 páginas