quinta-feira, 7 de março de 2013

Fahrenheit 451 de Ray Bradbury

Fahrenheit 451 é uma distopia publicado pela primeira vez em 1953 que retrata uma sociedade futurista. Universidades, escolas e conhecimento não têm nenhum significado e os bombeiros têm como função incendiar livros.
Basicamente é isso.

Montag é um bombeiro casado com Mildred. Sua esposa passa o dia inteiro numa sala com telões cujos programas interagem e são a "família". Embora Montag não goste desses telões, ele é quem trabalha para comprá-los a fim de manter sua esposa ocupada. Por ser um bombeiro, ele passa o dia no quartel e lá, quando recebem um chamado, eles vão até a casa do criminoso, ateiam fogo em seus livros e prendem a pessoa.

As coisas continuam sendo normais. Queimar livros é um prazer. Até que Montag topa com Clarisse, uma menina diferente que conversa com ele (conversar é uma coisa completamente anormal). E entre um diálogo e outro, onde ela fala sobre coisas como a chuva e as estrelas (afinal, quem se interessa pela chuva e as estrelas?), ela pergunta se ele é feliz e aí a vida dele muda.

Ele começa a se questionar sobre o que tem nos livros, sobre por que queimá-los e sobre a sociedade ao seu redor. Mas pensar é muito perigoso.

Gente, um livro com uma ideia tão inteligente, mas que me deixou tão decepcionada. A forma que a trama é conduzida não me envolveu, li o livro bem rápido, mas estava achando maçante e desconexo. As frases parecem ser aleatórias, os pensamentos dos personagens seguem tortuosas linhas incompreensíveis.

Muitas coisas retratadas são geniais, Bradbury descreve uma realidade completamente crível, onde só o que importa é o prazer e a velocidade, as pessoas vão se alienando cada vez mais. O pensamento não tem significado, não é incentivado. Tudo é muito prático, instantâneo, momentâneo. Ele não inventa carros que voam, nem desmata todas as florestas, mas ele cria carros que só andam em alta velocidade, televisões e programas que absorvem as pessoas, escolas que mantém os filhos longe dos pais, pessoas que não sabem conversar sobre coisas que não sejam dinheiro, roupas.

Das poucas distopias que li, essa foi uma das que mais consegui acreditar. As casas são à prova de incêndio, os bombeiros servem para destruir qualquer possibilidade de livros contaminarem as pessoas com suas ideias.

O que tirou a grandiosidade de Fahrenheit 451 para mim, foi a forma que o autor conduziu uma história que tinha tudo para ser brilhante. Recomendo mais ou menos.

|| Informações:

Título no Brasil: Fahrenheit 451
Título original: Fahrenheit 451
Autor: Ray Bradbury
Tradução: Cid Knipel
Número de páginas: 256
Editora: Globo de Bolso

2 comentários:

  1. A ideia tinha tudo para ser boa como você disse, mas também pelo que falou não me animaria a pegar para ler com entusiasmo.

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  2. Poxa o enredo é interessante mas que pena que a narração atrapalha. Confesso que não conhecia o livro mas essa questão de queimar livros é forte. Parabéns pela resenha ficou ótima amiga!!!

    P.s feliz dia das mulheres!!!!!

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Obrigada!