Contém spoiler do livro anterior.
Mas... Apesar de A maldição do tigre ser um livro lindo, o
final me deixou bastante decepcionada. Eu gosto dos felizes e tristes. Mas
tipo, se lá na frente nós sabemos que Kelsey e Ren vão ficar juntos etc e tal,
por que criar tantas reviravoltas no relacionamento
deles? Sinceramente, isso para mim parece uma forma de prolongar
desnecessariamente algo.
Kelsey decidiu deixar Ren na
Índia e voltar para o Oregon para seguir com sua vida e permitir que ele seguisse
com a dele (é, eu odeio a Kelsey por causa disso). E, por um tempo, ela até
consegue seguir adiante e estudar, praticar exercícios e sair com garotos. Um
dos seus pretendentes é Li, seu professor de wushu, que ela começa a simpatizar e pensar neles dois como um
casal. Entretanto, Ren bate à sua porta dizendo que não consegue ficar longe
dela e que agora vai ser seu vizinho, mas percebendo que ela está num dilema
entre ele e Li, decide dar um tempo para que ela decida com quem ela vai ficar.
Claro que ela escolhe o Ren.
As coisas estavam seguindo
tranquilamente quando eles descobrem que Lokesh (o feiticeiro do mal que jogou
a maldição nos rapazes) está a procura de Kelsey. Kishan então vem da Índia
para ajudar Ren a protegê-la, mas nem isso é capaz de impedir que a garota seja
encontrada e, por fim, Ren seja capturado.
De volta à Índia, Kelsey, sr.
Kadam e Kishan precisam descobrir como quebrar mais uma parte da maldição e
como encontrar Ren. Mais aventuras nos aguardam e desta vez conhecemos Kishan melhor.
Pontos positivos e desta vez mais pontos negativos, primeiro
vamos falar do quanto a série é diferente, tenho conversado com a Duda sobre os
tigres da Colleen, e nós concordamos que a série tinha tudo para dar certo.
Tem ótimos ingredientes: mistério, aventura de primeira, um
romance lindo, um mocinho perfeito, mitologia riquíssima e um pano de fundo
brilhante, que é a Índia. Durante todo o livro suspiramos com o Ren, vibramos
com os perigos, ficamos fascinados com a riqueza da cultura indiana. Mas a
autora está começando a se perder.
Parece que ela quer fazer o mesmo que a Meyer fez em
Twilight: criar o team Ren e o team Kishan. Já vi várias pessoas dizendo que
estão em dúvida sobre qual é o preferido. Mas calma aí: e as promessas que Ren
e Kelsey fizeram? Meninas de 18 anos não são capazes de manter suas promessas
ou de serem fieis? Claro, isso é tudo um ponto de vista porque eu não gosto de
triângulos amorosos, isso me parece muito forçado e ainda pior porque eles são
irmãos. Mostra que Kishan não é um cara legal porque ele não é capaz de
aprender uma lição.
Não cheguei ao ponto de dizer que vou desistir da série (que
pretende se arrastar até o quinto livro), afinal sou muito paciente, mas espero
de todo coração que nos próximos volumes a Colleen tenha mudado sua tática
(embora eu já tenha lido os 4 primeiros capítulos de A viagem do tigre,
disponíveis em inglês no site da autora, e esteja um pouco frustrada.).
Não, de forma alguma
o livro é ruim, ele mescla tudo aquilo que nos cativou no primeiro volume da
série e já foi citado lá em cima e por enquanto só vislumbramos a sombra do
triângulo amoroso. Certamente A viagem do tigre
promete muito romance, mais aventuras e a formação de duas equipes: o team Ren
e o team Kishan. E você de que lado vai ficar? Sinceramente, leiam a série para
ter uma opinião.
Só espero que todos
os personagens sejam felizes sem se machucarem (emocionalmente) muito.
|| Informações:
O resgate do tigre
Colleen Houck
Editora Arqueiro
Tradução de Raquel Zampil
432 páginas
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