Após uma surpresa boa e uma ruim, este é o
terceiro livro que leio do James Patterson e digo logo que gostei. Estava
apreensiva antes da leitura pensando que seria sem sal, mas foi bem agradável.
Private é uma agência de investigações
comandada por Jack Morgan e que tem tecnologias incríveis e uma equipe
brilhante, portanto os casos podem ser complicados, mas todos têm solução.
O que sinto falta nos livros do Patterson é
um aprofundamento nos personagens. Eles são descritos e trabalhados de forma
superficial e podem ser no máximo interessantes, mas não chegam a ser
cativantes.
De Jack nós sabemos que ele combateu no
Afeganistão, mas uma lembrança perdida o atormenta. Ele é o gêmeo bom de Tommy
Junior, que além do nome, herdou a má índole do pai. E eles definitivamente não
se dão bem.
Acompanhamos três casos complicados que
estão em andamento na Private. 13 colegiais foram assassinadas num período de
dois anos, o que dificulta o caso é que o assassino não possui um padrão nos
crimes e nunca deixa falhas. Paralelamente, o tio de Jack o procura para
desvendar umas fraudes em jogos de futebol americano que podem comprometer a
liga profissional. E, por último, Andy, um grande amigo de
Jack o liga desesperado porque sua esposa foi assassinada.
O livro possui altos e baixos. Em alguns
momentos me senti eletrizada, em outros considerei algumas passagens
desnecessárias e no final achei que o melhor caso tinha sido o das colegiais,
tanto em argumentação como em desfecho.
Não acho James Patterson ousado em seus
enredos. As ideias são boas, mas falta algo, ele não tem um dom excelente de
prender o leitor (e como disse a Amanda: isso é um pecado no suspense).
Considero as tramas paralelas uma espécie
de artifício para manter a tensão e a curiosidade, mas que podem tornar-se
cansativas. Ao terminar Private, eu pensei que poderia ter descartado duas
linhas de investigação e fortalecido a terceira porque dá a impressão que ele trabalhou em três e não trabalhou em nenhum.
A verdade é que a Private tem a função
apenas de esclarecer as coisas e não resolvê-las, então fica uma interrogação
quanto a alguns desfechos posteriores.
Mais uma vez, o autor intercala primeira e
terceira pessoa, mostrando que esta é uma característica de sua escrita.
Sobre a nota que eu daria... sinto que
Private é mais que Eu, Alex Cross (3 estrelas) mas não chega a ser um 4
estrelas. Então fica Private com 3 e uma alteração em Eu, Alex Cross com 2.
Beijocas!!
||Informações:
Private
James Patterson e Maxine Paetro
Editora Arqueiro
Tradução de Débora Isidoro
224 páginas
Nossa, que gracinha o seu blog! Tenho que começar o comentário com isso porque achei muito lindo. Hehehehe de verdade.
ResponderExcluirTenho muita curiosidade para ler os livros do James Patterson. Já me indicaram muito alguns livros dele. Vou ver se dou uma chance para algum ainda esse ano. ^^
Gostei muito do blog. Sinta-se convidada a visitar o meu também! :)
Beijos,
Lú.
Boa tarde,
ResponderExcluirGosto muito do James e esse livro esta na minha lista de espera...parabéns pela resenha...abçs.
http://devoradordeletras.blogspot.com.br/
Li esse livro dele e tbém gostei mais do caso das colegiais e acredito que o livro poderia ter sido só com ele que seria ótimo!!!!!
ResponderExcluirComecei a ler as obras de James agora, então não tenho muito o falar, estou indo de pouco em pouco :) Mais gosto da escrita dele :) Esse livro não me interessou nem um pouco que sabe eu mude de ideia e leia algum dia desses :)
ResponderExcluirBeijos
Bruna-Livros de Cabeceira
Ah não. Deixa o Eu, Alex Cross com 3 e coloca Private com 3,5 é melhor! (olha a metida aqui na opinião alheia) huahau
ResponderExcluirEu achei que Private fosse até dos mais sem sal (já ouvi algumas críticas em relação a ele), mas se você gostou mais do que o Eu, Alex Cross, não deve ser tanto assim. Fiquei curiosa, principalmente com o caso das colegiais - que realmente parece ser o melhor dos três - mas acho que peca na questão das poucas páginas e 3 casos num livro só. Acaba que provavelmente nenhum deles é bem desenvolvido de verdade e não recebem o destaque devido.
Eu acho que o problema do James Patterson é a máquina de fazer livros. Ele é um dos autores que admitem fazer uso de ghostwriters, e imagino que muitas dessas histórias são idealizadas por ele, então ele dá nas mãos de alguém (da Maxine Paetro por exemplo) e ela desenvolve a partir daí. Então muitas acabam não atingindo o nível que poderiam chegar. Imagino que alguns livros só DELE e na época que ele tinha mais tempo para escrever e desenvolver, sejam bem legas e interessantes. Vou começar lendo o Clube das Mulheres Contra o Crime pra ver se é o caso.
Beijooo!