quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Abandonei: O Ateneu

Não é nenhuma novidade para ninguém se eu disser aqui que O Ateneu é um relato autobiográfico do autor Raul Pompéia dos anos que estudou num internato, né?
Primeiro quero falar do nome do autor, afinal Pompéia é igual a ideia, que de acordo com o Novo Acordo Ortográfico perdeu o acento agudo, mas eu acho que Pompéia não perdeu seu acento por ser um nome próprio. Alguém aí pode tirar minha dúvida?
Eu nem sei dizer se gostei ou não d’O Ateneu, vou tentar ser neutra.
O livro é cansativo. Com certeza um dos clássicos mais cansativos que já li chegando ao patamar d’Os Sofrimentos do Jovem Werther e perdendo para A Arte da Guerra.
O livro narrado em primeira pessoa fala das experiências de Sérgio ao ser matriculado no colégio Ateneu e também fala muito de Aristarco, o diretor do colégio. Pronto. Fim de resenha!
Pois bem, é isso. O livro não segue uma ordem de fatos contando uma história com um ápice e desfecho, são lembranças organizadas em ordem cronológica, os capítulos são longos e sem títulos, acabou perdendo muitos pontos comigo!
Comecei a me achar uma má crítica porque os bons críticos amam este livro e acham-no um ‘super clássico’ e eu só achei um ‘ok, clássico’.
É um livro narrado em primeira pessoa [isso, isso, daqueles que quer empurrar a força uma ideia no leitor], o Sérgio – narrador-personagem principal – é muito observador e crítico, faz uma análise psicológica profunda em cada um dos seus colegas e também descrições demasiadamente detalhadas a respeito de tudo!
Não é um clássico que recomendo, ok?
Para não ficar só esse texto pobrinho, achei interessante este breve comentário sobre autor e obra:

Abolicionista e republicano convicto, Raul Pompeia viveu justamente no período que compreendeu os últimos anos da Monarquia, da escravidão e o início da República, em 1889. Para os críticos literários, a obra retratou o momento social e político que o país atravessava. O diretor com seu estilo autoritário e narcisista, representava o Imperador. O internato era um microcosmo da sociedade brasileira com suas mazelas e falsidades. (Fonte: Notas sobre O Ateneu, Raul Pompeia, Ed. Avenida)

Conto o final? O Ateneu pega fogo.

2 comentários:

  1. Olá!

    Eu li O Ateneu há muuuuuuuito tempo, na época do vestibular e acho que definitivamente Raul Pompéia não encontrou em mim uma fã porque não lembro de nada da história. Sei que li, mas a sensação é de um livro completamente novo....rs. Sua resenha nem me animou a dar uma chance a Rauzito, mas....quem sabe...rs.

    Bj!

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  2. Sempre tive vontade de ler este livro mas nunca o comprei nem peguei com ninguem, depois dessa resenha deu mais vontade.

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Obrigada!