Mostrando postagens com marcador gabriela cravo e canela. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador gabriela cravo e canela. Mostrar todas as postagens

domingo, 29 de setembro de 2013

Mulheres que me fascinam na literatura #2: Gabriela

Cheiro de cravo e cor de canela...




Gabriela aparece na história imunda de poeira, para lá da página cinquenta, num grupo de pessoas sem rumo nenhum, sem sobrenome e é levada por Nacib para trabalhar como cozinheira.

Indo contra a Gabriela bonitona, charmosa e sedutora transmitida na novela, a Gabriela do livro mal fala, só faz rir o tempo inteiro como uma tola e é rechonchuda, com ancas carnudas, seios fartos e toda roliça (o que era beleza na época, o ano é 1925).

segunda-feira, 2 de julho de 2012

Gabriela, Cravo e Canela de Jorge Amado

Será que consigo transmitir para vocês tudo que Jorge Amado escreveu em Gabriela, Cravo e Canela?

Depois de longo tempo sem ler/resenhar clássicos, trago um livro da melhor qualidade para iniciar este mês de julho. Em seu romance, Gabriela Cravo e Canela, Jorge Amado usou Ilhéus como cenário de uma trama rica, bem elaborada e bem amarrada. A narrativa, em terceira pessoa, aborda três circunstâncias  paralelas.
O assassinato de Osmundo e Sinhazinha, pelo traído Jesuíno.
A disputa política entre Ramiro Bastos e Mundinho Falcão.
O envolvimento de seu Nacib e Gabriela.

Ilhéus é uma cidade em notável progresso, comandada há vinte anos por Ramiro Bastos, um homem respeitável, mas que acha que governar é calçar ruas e fazer jardins e não é adepto a algumas modernidades. Para lhe fazer oposição nas próximas eleições surge Mundinho Falcão, exportador de cacau vindo do Rio de Janeiro que tem investido no crescimento da cidade.
Mas o ano é 1925 e um homem traído só limpa sua honra se matar sua esposa e o amante, e é esta atitude que o coronel Jesuíno toma a respeito de Sinhazinha e o dentista Osmundo. O coronel é levado a julgamento, mas todos sabem que é mera formalidade porque certamente ele será absolvido.
O ponto de encontro de todos os personagens é o bar Vesúvio, administrado pelo árabe de nascença e grapiúna de vivência, seu Nacib. Entretanto sua cozinheira e arrumadeira decide cumprir uma antiga promessa de ir embora e ele se vê desesperado por encontrar uma substituta porque no dia seguinte ele tem uma encomenda de jantar para trinta pessoas. Buscando daqui e dali sem encontrar, ela acha no mercado de escravos Gabriela, imunda de poeira e rindo a toa como uma lesada e decide arriscar levá-la para casa.
Em casa, após um banho, ele descobre que Gabriela é uma linda mulher, cheiro de cravo e cor de canela. Gostosa na cama e excelente cozinheira. Mas ele se vê inquieto porque todos querem-na, ele tem medo de perdê-la e não pode se casar com mulher sem origem. Que fazer?