O Príncipe dos canalhas veio como umas das melhores surpresas dentre todas essas leituras românticas que venho fazendo desde o término da leitura de O visconde que me amava.
Sebastian Ballister ou lorde Belzebu ou ainda lorde Dain é, além de feio, um homem com uma personalidade assustadora. Tendo sido abandonado pela mãe aos 8 anos e enviado pelo pai para um colégio interno onde sofreu todo tipo de preconceitos por trazer traços italianos [sim, da parte materna], precisou apelar para diabruras para ser respeitado por seus colegas.
Quando adulto, seu pai morre e ele passa a ser Marquês e ÓBVEEEEEO super avesso a casamento e a damas respeitáveis. Claro que tudo isso cai por terra quando ele conhece Jessica, irmã de um dos mais abestalhados dos seus discípulos.
Jessica é a melhor mocinha que topei por aí, independente, muito a frente do seu tempo, ela está planejando abrir um antiquário e sua estadia em Paris é um plano para tirar seu irmão de perto do lorde Belzebu, uma péssima influência para qualquer pessoa.
Mas, entre tantas intrigas, fofocas, apostas e rumores, eles não imaginavam sentir uma imensa atração e afeição um pelo outro...
O enredo clichê é enriquecido com uma escrita muito bem humorada, várias vezes tive que conter o riso pela madrugada, até porque a escrita ágil não me permitiu largar o livro, diálogos interessantes de um casal inteligente e em sintonia e personagens bem definidos que tiveram um envolvimento real e convincente. Jessica é uma mocinha muito inteligente e também Dain o é, mas a personalidade dele é entremeada por oscilações de humor e ataques de histéria - que são devidamente explicados ao longo da trama e cuidadosamente cuidados pela sua querida perspicaz, manipuladora e amorosa.
O que difere esses livros de romance entre si é a capacidade de cada autora de contar uma boa história e de dar bons atributos a seus personagens e nos convencer de tudo que está sendo proposto. Alguns casais simplesmente não têm química e alguns saem à perfeição, esse é um desses casos de perfeição.
O ritmo da leitura fluiu constantemente e, embora no começo eu estivesse ressabiada e lendo lentamente, logo me vi completamente envolvida e também apaixonada pelo lorde Belzebu e eu não conseguia imaginá-lo feio nem um minutinho, embora nós saibamos que pessoas traços e mestiçagem italianas sofriam um certo preconceito na Inglaterra.
Adorei a leitura! Merece o RITA que ganhou e, se não fosse o surgimento de um bastardo, eu confesso que teria dado nota 5.
Millena Ameeeei sua resenha!!!! Esse livro foi para mim um divisor de águas, como assim o protagonista é feio???? Também não consegui imaginá-lo assim, pensei mais como se ele fosse feio para os padrões de beleza e comportamento da época, mas enfim depois li em algumas resenhas que essa história era um tipo de A bela e a fera!!!
ResponderExcluirTambém amei a Jessica, até falei na minha resenha que ela era daquelas que não levam desaforo para casa, além de sair na mão se for preciso. Teve cenas que ri, fiquei passada, feliz e empolgada. Com certeza a autora soube prender a atenção e guiar as emoções dos leitores. Estou ansiosa por mais livros dela.
P.s. Não tive problemas com o bastardo =)
Leituras, vida e paixões!!!